MAPA DE INFLUÊNCIA #1 - O SENHOR DOS ANÉIS, A SOCIEDADE DO ANEL


Sim. O Senhor dos anéis foi o estopim pro nascimento do Hurulla. Assim como muitos, eu só vim conhecer esse universo criado por J. R. R. Tolkien com o filme. E com essa obra divisora de águas que eu começo a série MAPA DE INFLUÊNCIA, onde vou mostrar tudo o que influenciou diretamente a criação do universo do Hurulla. A ideia aqui não é ser uma análise do filme, mas falar do impacto que teve sobre mim e posteriormente sobre o meu trabalho.


Lembro que vi o anúncio que iriam fazer o filme na finada revista Sci-fi news, devia ser em 97/98, e fiquei intrigado. Tinha achado a sinopse do livro interessante e deixei pra lá. E não tinha como medir o hype de um anúncio como vemos hoje. Anos depois, quando eu vi a primeira imagem oficial, aí sim que me pegou de vez. Comecei a acompanhar como podia qualquer mísera informação. Depois vieram os trailers, que naquela época era só no cinema. Expectativa a mil. E quando veio o filme, superou minha expectativa! A cabeça tinha explodido!



Bem nessa época, eu estava me questionando o que fazer da vida, e a única profissão que me encantava eram os quadrinhos. Mas era algo distante na época (isso era a desculpa que eu me contava durante anos, mas fica pra outro post.), mas com esse filme eu decidi não só que queria fazer quadrinhos, como achei a temática que queria pra criar minhas histórias. Eu estava já na fase do desencanto com quadrinhos de super-heróis, já lia muito Bonelli (Ken Parker era meu preferido), quadrinhos europeus (Heavy Metal), Vertigo e principalmente, Hellboy! E na saída do cinema, eu vi todo tipo de pessoa empolgada com o filme. E pensei muito nisso, porque eu queria viver da minha HQ, e pensar no público que irá consumir era muito importante, embora naquele momento eu não sabia mensurar isso. 



O engraçado é que eu não conhecia nada de fantasia na época, exceto Conan, apenas alguns filmes e games. Mas lia muito pouco fora dos quadrinhos na época. Talvez por isso, tenha sido tão impactado na época.


Após a sessão eu cheguei em casa pilhado, peguei um caderno de desenho e fiz um sketch do personagem que anos depois eu chamaria de Hurulla, criei um plot pra história dele (que nem uso mais, mas o background que criei ali foi o estopim pras histórias do personagem), e fui tocando. 





Embora eu estivesse totalmente influenciado pelo filme, acho que consegui ter a minha própria voz. E fui começar a produzir o Hurulla quase uma década depois, muita coisa mudou daquele primeiro rascunho, mas sempre quando vejo algo relacionado a saga me lembro dos primeiros passos que dei como autor de quadrinhos, passos curtos numa jornada longa e tortuosa, mas sempre em frente. Obrigado Peter Jackson, e principalmente J. R. R. Tolkien.


E você viu o filme na época? Ou depois? 
Me conte como foi sua experiência com o filme.












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